Friday, December 7, 2007















Ao fim, ao cabo e ao resto
Residência Artística
CENTA
6 a 10 de Dezembro

Tuesday, April 17, 2007

E sempre Artaud


Toujours est-il qu’Heliogabale, le roi pédéraste et qui se veut femme, est un prêtre du Masculin. Il realise en lui l’identité des contraires, mais il ne la realise pas sans mal et sa pédérastie religieuse n’a pas d’autre origine qu’une lutte obstinée et abstraite entre le Masculin et le Féminin” Antonin ARTAUD, Heliogabale ou l’Anarchiste Couronné, Gallimard, 1979, pg 67


Apesar de tudo Heliogabale, o rei pederasta e que se quer mulher, é um
sacerdote do Masculino. Ele realiza em si próprio a identidade dos contrários,
mas ele não a realiza sem dor e a sua pederastria religiosa não tem outra origem
senão uma luta obstinada e abstracta entre o Masculino e o Feminino
” Tradução Luz da Camara

Friday, March 30, 2007

Ladrões do silêncio

“Westeners were thieves of silence. They stole the quiet in a place and in the mind of a man and replace it with a longing, just as they stole the mistery from a city by lightening it orange. Darkness and quiet were leaving the world. It was only a matter of time, before the dawn wouldn't be dawn any more, but some other computer-adjusted piece of time, with colours other than its own.”

Rose Tremain: The Beauty of Dawn Shift, in The Oxford Book of English Short Stories, University Press, Oxford, 1999, pg. 415

“Os ocidentais eram ladrões do silêncio. Eles roubavam o sossego de um lugar e da mente de um homem e substituíam-no pelo desejo, tal como roubavam o mistério de uma cidade iluminando-a de laranja. A escuridão e o sossego estavam a deixar o mundo. Era só uma questão de tempo, antes que a aurora já não fosse aurora, mas qualquer outro pedaço de tempo ajustado pelo computador, com outras cores que não as suas.” Tradução de Luz da Camara

E também Baudrillard

O tempo real é um pouco isso: a colisão dos pólos opostos do futuro e do passado, do sujeito e do objecto. A colisão entre uma pergunta e uma resposta. Isso produz massa, e portanto anula-se[i]
[i] O paroxista indiferente, 1977, Edições 70, Lisboa, pg. 43
„Methode dieser Arbeit: literarische Montage. Ich habe nichts zu sagen. Nur zu zeigen. Ich werde nichts Wertvolles entwenden und mir keine geistvollen Formulierungen aneignen. Aber die Lumpen, den Abfall: die will ich nicht inventarisieren sondern sie auf die einzig mögliche Weise zu ihrem Rechte kommen lassen: sie verwenden.”
Walter Benjamin, Das Passagen-Werk, Erster Band, Frankfurt/M. 1983